Pequenos Almoços {As novas opções do meu inicio de dia}


Desde há um tempo para cá que tenho andando a pensar seriamente em alterar de alguma forma a minha alimentação. A lactose é daquelas coisas que sei de antemão, que o meu organismo não tolera. Talvez por isso nunca tenha gostado de leite ... nem de iogurtes. Sempre que os ingiro fico uma sensação de enfartamento, azia, etc... Hoje chego à conclusão, que vivi toda a vida assim. Habituei-me e aprendi a viver com azia. Há uns anos, e porque a minha filha também é intolerante à lactose, começámos a consumir leite sem lactose. Melhorou substancialmente. Ainda assim, a mistura com o café matinal, continuava a trazer o enfartamento (O café é-me imprescindível. Se não o tomar até às 10/11h da manhã a enxaqueca é certa) Decidi então mudar o leite. Não bastava não ter lactose, tinha que experimentar o "leites" vegetais. Comecei pelo de soja. Não consegui. Passei para os de arroz... de aveia... de coco... não aprovaram. Até que por último fui ao de amêndoa. Adorei. Misturado com o café bem carregado, é maravilhoso... assim só, sem sequer levar açúcar ou adoçante. Bebida matinal definida.
Passei então à etapa seguinte. O pão. A minha perdição. Tenho tentado a todo o custo, não querer ver, mas o glúten também não é, de todo, o meu melhor amigo. Dispensar a massa e o arroz, ainda que comendo ocasionalmente, é mais ou menos fácil. Mas não me tirem o pão. De manhã preciso de pão! ... Só que não!...
Na verdade, esta última semana, e depois de começar a seguir um grupo de alimentação "Paleo" comecei a cobiçar aqueles pequenos almoços. Percebi que existem alternativas muito boas, na verdade até melhores. Não consigo e não quero seguir aquele tipo de regime alimentar. Eu sou "boca santa" e do mundo, e gosto de ter uma alimentação variada, não andar demasiado presa a estilos ou regras fechadas. Isto posso... isto não posso... não é para mim. Mas não condeno quem o faça. Percebi de facto que se restringir a lactose, o glúten (que é como quem diz grande parte dos cereais e farinhas), e o açúcar, é o suficiente para me sentir substancialmente melhor, com mais energia, menos inchada, sem enfartamentos e azias, então porque não seguir esse caminho? Não digo que nunca mais como pão, farinha, arroz, massas e seus familiares, estaria a mentir, especialmente a mim mesma, mas vou seguramente reduzi-los consideravelmente.

O ponto de partida tem sido o "leite de amêndoa", a mandioca, a aveia, a alfarroba e os ovos, O mel, e quando tem que ser o açucar mascavado. Fruta, que dá uma frescura matinal (tendo em conta a abundância que temos no verão, era quase um crime deixá-la de parte), frutos secos, que diz que são bons para o coração e ajudam a saciar mais tempo. Canela e ervas aromatizadas para o toque especial...

Nesta fase inicial, não tenho estado muito preocupada com o peso "calórico" das misturas que faço. Tenho para mim que são de certeza mais saudáveis e menos "nocivas". Saciam mais, e tenho conseguido manter-me afastada do arroz, da massa e das batatas no almoço e jantar, ficando-me pela carne e peixe com saladas e/ou legumes. Já não é nada mau!

Este texto "Introdução à dieta Paleo" do blog "Sem Aditivos" tem uma forma de expor o assunto bastante interessante, descontraída e sem grandes fundamentalismos.
A explicação de porque é que começámos a alimentar-nos de cereais... é muito boa...
"...E agora a grande questão! Porque é que passámos a basear a nossa alimentação em cereais? Porque são baratos, aguentam muito tempo sem apodrecer comparativamente à carne, peixe e vegetais, fornecem energia mais rápido que a gordura e promovem uma ilusão de saciedade. Porquê ilusão? Porque na verdade é inchaço. Quando vemos imagens de pessoas subnutridas, alimentadas pela ajuda internacional, são normalmente extremamente magras mas com estômagos inchados. Isto acontece porque os dois alimentos mais doados e fáceis de armazenar são farinha e arroz. Acontece que são desprovidos de nutrientes (daí a magreza), mas enchem e dão a ilusão de saciedade (daí o estômago dilatado). Outro exemplo, se queremos engordar um animal (porco, vaca, galinha) damos-lhe gordura? Nope, cereais e farinhas. É por isso que hoje em dia cozinhamos um bife e ele perde metade do seu tamanho em água, é só inchaço para aumentar volume.
Uma das primeiras consequências de cortar com os hidratos (sim, significa cortar com TODOS, até a torradinha de pão integral ao pequeno-almoço) é desinchar, experimentem. ..."

Portanto, e como forma de comemorar estas minhas descobertas... vou deixar-vos a minha primeira receita, e nos posts seguintes, as restantes experiências...
|TAPIOCA|
Comecei com a tapioca. Não é mais que uma espécie de crepe, muito comum no Brasil, e que desde sempre me aguça a curiosidade.
Não é mais que um crepe feito exclusivamente com fécula de mandioca hidratada, que com o calor da frigideira se funde e une. 
No Brasil, do que percebo, vende-se esta farinha já hidratada, basta usar diretamente. Como alternativa, teremos que hidratar a fécula de mandioca, antes de a cozinhar. Descobri que "polvilho doce" umas embalagens que sempre se meteram comigo, mas que nunca comprei porque não sabia o que fazer com elas, não é mais que a dita fécula.
Pesquisei, e percebi que era tão fácil fazer a tapioca que não resisti.
Então é assim:

|TAPIOCA|
Ingredientes (para várias crepiocas):
| 125 g de polvilho doce
| 75 g de água
| Recheio a gosto (doce ou salgado) 

Método:
1. Colocar o polvilho numa taça, e ir deitando a água e mexendo com um garfo. Começa por ficar uma pasta dura tipo "cal", mas que no final esfarela, e transforma o polvilho que é um pó muito fininho, num granulado.
- Se a água for demasiada, é só juntar mais um pouco de polvilho até atingir esse ponto esfarelado.
- Se for para fazer apenas uma tapioca, basta juntar 3 colheres de sopa de polvilho, com 2 c.s de água mal cheias.
2. Com a ajuda de um passador de rede, peneirar o granulado, directamente para uma frigideira anti-aderente, de forma a ficar uma camada fina, mas que tape bem todo o fundo de uma forma uniforme.
3. Levar ao lume, e esperar cerca de 1 a 2 minutos até que se começa a notar os bordos a levantar. Nessa altura com uma espátula e cuidado, vira-se a tapioca.
4. Coloca-se o recheio que se pretende em metade, e vira-se por cima a outra parte. 
5. Serve-se de imediato.

Neste caso, para o recheio, barrei com um pouco de mousse de queijo de nozes (da président) e coloquei uma fatia fina de presunto magro, polvilhei no final com óregãos.

Acompanhei com um pêssego fatiado, e miolo de noz, e claro o meu galão de leite de amêndoa e café [sem açucar]. 

Tão rápido quanto fazer torradas, ou uma tosta mista... e tão melhor! Adorei.

Bom apetite, e bons... Pequenos Almoços!

Tarte Pastel de Nata com Maçã

Adoro sobremesas com maçã. Folhados, crumble, bolos, tartes e por aí... Habitualmente faço a tarte de maçã simples, apenas a massa e a fruta, sem outros recheios. Mas há dias vi um receita que me chamou a atenção, levava um creme tipo pasteleiro, mas que não necessita de cozinhar antes. É misturar tudo e forno. Assim que tive uma oportunidade, experimentei. De sabor ficou muito boa, mas não gostei nadinha da textura. Ficou um recheio talhado. Nada que eu não imaginasse que fosse ocorrer... É por esse motivo que o creme se cozinha antes, pois a temperatura alta do forno talha os ovos. Mas ok, tem que se arriscar. Não sou de desistir, e por isso tive que repetir. Desta vez decidi que devia cozinhar o creme antes. Adaptei a receita, e usei um recheio tipo o da tarte pastel de nata. Agora sim, correu bem. Ficou bem cremosa, e a combinação com a maçã fica perfeita.
Portanto temos mais uma tarte de maçã a juntar às já publicadas AQUI e AQUI
E faz-se assim:

Ingredientes
| 1 Placa de massa folhada
| 3 ou 4 Maçãs
| 1 Ovo
| 4 Gemas
|160 g Açucar
| 400 ml Leite
| 100 ml Água
| 30 g Amido de Milho (Maisena)
| 1 pau de canela
| 1 Limão  - casca de limão e sumo
| Gotas de aroma de baunilha (opcional)
| Canela em pó
|Açúcar em pó

Método (by Bimby)
1. Pré-aquecer o forno a 190ºC.
2. No copo da bimby, deitar, pesando com a balança, o leite, a água, o açúcar, a maisena. Juntar o ovo, as gemas e a baunilha. 30 seg. vel. 4
4. Colocar a borboleta, juntar o pau de canela e a casca de limão. Programar 9 a 10 min. 90ºC Vel. 1 1/2
5. Verificar se o preparado está bem cremoso. Retirar para uma taça e deixar arrefecer.
6. Enquanto se prepara o creme,  descascar e descaroçar as maçãs. Fatiar bem fininhas e regar com sumo de limão para não oxidarem.
7. Untar e forrar uma tarteira de fundo amovível com a massa folhada. Picar o fundo com um garfo.
8. Deitar o creme, e dispor por cima as fatias da maçã. Polvilhar com canela.
9. Levar ao forno, na parte mais baixa, cerca de 20 minutos. Passar para a parte mais alta só para a maçã dourar, cerca de mais 10 minutos.

Método (tradicional)
1. Pré-aquecer o forno a 190ºC.
2. Num tacho, aquecer o leite com o pau de canela e a casca de limão, até ferver.
3. Numa taça, misturar o açúcar com a maisena e mexer. Juntar o ovo, as gemas e a baunilha. Mexer bem, sem bater.
4. Deitar o leite em fio mexendo sempre. Levar o preparado ao lume, num tacho mexendo sempre até engrossar.
5. Retirar do lume, e colocar o tacho em água fria, ou retirar o creme para uma taça, para parar a cozedura. Deixar amornar.
6. Descascar e descaroçar as maçãs. Fatiar bem fininhas e regar com sumo de limão para não oxidarem.
7. Untar e forrar uma tarteira de fundo amovível com a massa folhada. Picar o fundo com um garfo.
8. Deitar o creme, e dispor por cima as fatias da maçã. Polvilhar com canela.
9. Levar ao forno, na parte mais baixa, cerca de 20 minutos. Passar para a parte mais alta só para a maçã dourar, cerca de mais 10 minutos.

Servir a tarte polvilhada com açúcar em pó. Se estiver morna, fica óptima a acompanhar com uma bola de gelado.

Bom apetite e 'bons postiscos'!

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Obrigada!



Açorda de Beldroegas {Queijo curado de cabra}

Há  já algum tempo que não vos trago uma açorda. No Alentejo, apesar do calor, as açordas não param. Até porque é no verão que há mais ingredientes da "horta". É o tomate bem madurinho, para as Açordas de tomate, nas suas mais variadíssimas versões, e neste caso as Beldroegas.
Beldroegas...ou "Balduregas" na gíria alentejana, é uma erva que nasce "a bravo", considerada até uma erva daninha e infestante. Cresce em canteiros e entre outras plantas. Tem folhas e caule carnudos e um sabor inigualável. Hoje em dia já se cultiva, mas cá em casa come-se a que nasce por si, quando é sua época.
É uma planta com muitíssimos benefícios para a saúde: 
As folhas de beldroegas, por serem ricas em vitaminas e sais minerais, apresentam vários benefícios nutricionais:  A vitamina A contribui para a boa visão e para o sistema imunológico. As vitaminas do complexo B são esseciais na digestão e absorção de vários nutrientes. As vitaminas C e E possuem um grande potencial antioxidante, prevenindo diversos tipos de doenças. Tem elevado teor de magnésio, e é importante para a saúde muscular e óssea. É boa fonte de cálcio, potássio (controlo da pressão arterial), ferro (transporte celular de oxigénio) e zinco (saúde imunitária). É ainda muito rica em ácidos gordos ómega-3 (ácido alfa-linolénico)
A forma de cozinhar as beldroegas, são habitualmente duas. Em sopa, num creme de legumes com as suas folhas, ou em Açorda, que é como quem diz, sopas de pão. No seu caldo coze-se queijo de cabra curado e ovo escalfado. Simples assim, como se quer no no Alentejo. É um prato "pobre", mas o seu sabor, bate certamente muitos pratos de alta cozinha. É comida de conforto, e isso já diz tudo.
E como é que se faz?
Eu faço como desde sempre vi fazer...É daquelas coisas meio "a olho", e depende mesmo do toque pessoal.
Vão lá apanhar um molhinho delas e ... mãos na massa :)

Ingredientes (Serve 4)
| 1 bom molho de beldroegas
|2 batatas médias
|1 cabeça de alhos
|1/2 cebola
|2 queijos de cabra curados (dos duros)
|4 ovos (preferencialmente biológicos)
|Pão alentejano duro
|Azeite q.b.
|Sal q.b.
|Colorau q.b.
| 1 folha de louro

Método:
1. Arranjar as beldroegas, descartando os talos mais grossos. Colocar num alguidar com água para irem perdendo a terra, e lavar bem. 
2. Descascar as batatas e cortar em rodelas. Lavar e cortar cada queijo em quartos. Reservar.
2. Num tacho, cobrir o fundo com azeite, juntar uma cabeça de alhos inteira, arranjada e lavada (sem a pele exterior, mantendo apenas a pele dos dentes de alho), a cebola picadinha e a folha de louro. Levar ao lume alto, até refogar um pouco.
3. Juntar as beldroegas, temperar de sal e colorau. Envolver e deixar amolecer.
4. Juntar as batatas e o queijo. Tapar com água (preferencialmente já a ferver), deixar cozinhar até as batatas estarem mesmo quase. (Cerca de 10 minutos)
5. Rectificar a quantidade de água (de forma a que seja a suficiente para fazer o caldo da açorda) e os temperos.
6. Abrir os ovos um a um e juntar com cuidado. Deixar cozer.
7. Para uma travessa, tirar os ovos, as batatas, o queijo e a cabeça de alho, e servir a acompanhar o caldo bem quente, sobre fatias de pão fininhas.

Bom apetite e bons "Postiscos"!

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Obrigada!


Tiramissu de Castanha {e Palitos La Reine sem Glúten}


A criação do blogue tem me trazido tanta coisa boa. Não se trata apenas de partilha de receitas e reconhecimento. É uma forma de expressão de facto. Tem me ensinado tanta coisa, obriga-me a pesquisar (ainda) mais, a estar atenta aos pormenores, a pensar nas receitas, na sua história e na forma de as vos escrever. Acabo por contar um pouco de mim, em cada uma delas. Além disto, ainda trás de bónus a oportunidade de conhecer produtos novos. Até agora todas as parcerias do blogue, têm sido com marcas bem portuguesas. Produtos de qualidade, de empresas que primam além disso pela originalidade e por valorizar o que de tão bom temos em Portugal. Estas novas parcerias são mais dois exemplos disso. Ambas têm por base a castanha e, de uma forma original, produzem produtos maravilhosos.
A Sweet Castanea explica na sua página, o porquê da sua existência:
"A marca Sweet Castanea surge no mercado português fruto da iniciativa de um conjunto de pessoas apaixonadas pela castanha e fundamentalmente pelo que ela representa, desde há séculos, na cultura gastronómica portuguesa. Apesar de Portugal produzir uma das melhores castanhas do mundo o seu consumo pelos portugueses resume-se, na sua larga maioria, à castanha assada ou cozida. Foram estes dois aspetos, a nosso ver antagónicos, que nos levaram a arregaçar as mangas e iniciar a produção de um conjunto de produtos alimentares que tivessem como principal matéria-prima a castanha. Desta forma pretendemos apresentar aos portugueses a nossa castanha transformada, mas enobrecida, sob a forma de doces, caldas, bolachas e compotas"...
A Amálgama, é uma loja tradicional, localizada em Famalicão
Especializada em Castanha e derivados. Só comercializa produtos nacionais artesanais e/ou inovadores. A "rainha da casa" é mesmo a castanha. Vendem entre outros, produtos de produção própria como a farinha de castanha e cerveja de castanha...
Sweet Castanea
Amálgama












Há uns dias recebi produtos da Sweet Castanea e da  Amálgama e escusado será dizer que andava mortinha por "pôr a mão na massa" e experimentar. Não conhecia nenhuns, nunca tinha provado sequer nada parecido. Andei indecisa durante algum tempo, pesquisei muito, e queria tentar fazer algo diferente. Fiquei encantada com bolos de castanha que fui vendo, etc. Mas queria tentar algo diferente, fresco. Sendo a castanha um fruto "quente" do inverno, assim de repente parece que não se adequa ao calor do verão. Surgiu então a ideia de uma "espécie" de Tiramissu. Digo "espécie" porque há por aí defensores das receitas originais que lhes parece muito mal, versões diferentes... Mas da minha cozinha, saem as combinações que me parecerem bem e pronto, desde que seja bom, fica registado ;)
Resolvi fazer os palitos la reine, usando a farinha de castanha. Além de servirem de base ao Tiramissu, ficam um bolinhos óptimos muito versáteis, e até para comer simples... Ainda com o ganho de não terem glúten. 
Ficam leves e fofos. Surpreendentemente o sabor da castanha não é forte, e não ficam a dever nadinha aos "originais". Prova superada e a repetir.
Vamos então ao Tiramissu. Recorri a uma "receita rápida" em que não se usa ovos no creme. Não gosto muito de usar os ovos crus, mas confesso que acho que o creme fica muito mais fofo e leve se os levar, embora tenha ficado muito bom (Na próxima experimento com ovos).
E de resto, os produtos da Sweet Castanea entram onde? Entram portanto às camadas, entre os palitos e o mascarpone. A compota de castanha e as castanhas em calda de vinho do porto (que são divinais)  partidas aos pedaços. 
E pronto, sobremesa prontinha. Os Palitos fiz no dia anterior e depois foi só fazer o creme e montar. Simples e rápido, e resultou muito bem. :)
Para finalizar, polvilhei com cacau em pó, da Dulcis (outra parceria) que é maravilhoso. Cacau mesmo!! Foi o toque final.

Obrigada a estas Parceiras pela confiança, espero que gostem desta "invenção"! Por cá, é de certeza, a repetir! 

Palitos La Reine (de Castanha) |
(Adaptei da receita já publicada "Charlotte de MangaAQUI!)

Ingredientes
| 4 ovos L
| 100g açúcar
| 140g farinha de castanha Amálgama

| 1 c. sopa de fermento em pó
| Pitada de sal grosso
| Raspa de limão



Massa, com bimby:
1. Bater as claras em castelo, com o sal, com a borboleta, vel. 3/4.

2. Assim que estiverem espumosas, juntar o açúcar, pouco a pouco, com a bimby a trabalhar, até estarem bem firme, com picos, tipo merengue.

3. Juntar as gemas e bater uns segundos, só até as "partir".

4. Na vel.1, envolver delicadamente a farinha peneirada com o fermento e a raspa de limão, juntando metade de cada vez.


Massa, Tradicional:
1. Bata as claras com a pitada de sal até ficarem bem espumosas
2. Junte o açúcar a pouco e pouco, batendo sempre, na velocidade máxima da batedeira, até estar em merengue.
3. Junte as gemas e bata  apenas uns segundos, só para 'partir' as gemas.
4. Com uma espátula, envolva delicadamente metade da farinha peneirada e a raspa de limão e depois a outra metade.
NOTAS: 
É importante que não bata demais a massa. A textura deve ser firme, mas fofa.
Esta massa não pode esperar. Tem de ser usada o mais rapidamente possível para não começar a perder o ar que tem no seu interior.

Fazer os Palitos
5. Coloque imediatamente a massa num saco de pasteleiro.
6. Numa folha de papel vegetal, no tabuleiro do forno, ir deitando a massa em forma dos palitos, ao lado uns dos outros, deixando espaço suficiente para a massa crescer.
 7. Levar ao forno pré-aquecido a 180º, durante cerca de 10 min, ou até estarem douradinhos.
5. Tirar do forno, deixar arrefecer, e com a ajuda de uma espátula, tirar do papel vegetal.





















Tiramissu de Castanha |

Ingredientes
| 500 g mascarpone (2 embalagens)
| 200 g natas bem frias (usei creme fraîche)
| 5 c.s. açúcar em pó
| 1/2 limão (sumo)
| 200 ml de café (morno/frio)
| 1 c.s. whisky
| Palitos la reine de castanha
| 1 frasco de compota de castanha
 Sweet Castanea
| 1 frasco de castanhas em calda Sweet Castanea
| Cacau em pó Dulcis


Com bimby:

1. Bater o mascarpone, com as natas, o açúcar em pó e o sumo de limão, 1 min. vel. 3/4. Reservar.
2. Juntar o café com o whisky.
3. Colocar uma camada de palitos no fundo de um pirex, ou em taças individuais.
4. Salpicar com o café, de forma a ficarem molhados mas não empapados (Como os palitos ficam muito fofos, não funciona muito bem se os embebermos no café, porque se desfazem)
5. Espalhar uma camada de compota, e algumas castanhas desfeitas grosseiramente com as mãos.
6. Distribuir metade do creme.
7. Repetir as camadas, palitos, café, compota, castanhas e terminar com o restante creme.
8. Polvilhar generosamente com cacau em pó.
Reservar no frio, e servir bem fresco.



Tradicional:

1. Bater o mascarpone, com as natas, o açúcar em pó e o sumo de limão, com a batedeira.
2. Juntar o café com o whisky.
3. Colocar uma camada de palitos no fundo de um pirex, ou em taças individuais.
4. Salpicar com o café, de forma a ficarem molhados mas não empapados (Como os palitos ficam muito fofos, não funciona muito bem se os embebermos no café, porque se desfazem)
5. Espalhar uma camada de compota, e algumas castanhas desfeitas grosseiramente com as mãos.
6. Distribuir metade do creme.
7. Repetir as camadas, palitos, café, compota, castanhas e terminar com o restante creme.
8. Polvilhar generosamente com cacau em pó.
Reservar no frio, e servir bem fresco.

Bom apetite e bons "Postiscos"!

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Obrigada!





























Produtos de parceiros gentilmente cedidos e usados nesta receita:

Shrimp & Cheese { O desafio final de "As Presidentes"}

Depois de 5 semanas à volta dos queijos, eis que chega a grande final. Num ambiente descontraído (tanto quanto possível, para quem vai ser posto à prova), entre a organização, júri, câmaras, tivemos o conforto de família e amigos, em modo (quase) claque de apoio. A Président, pretendia uma festa, com convívio e partilha de emoções. E conseguiu. Foi um dia muito bem passado, com muita diversão à mistura, especialmente para a criançada, que tiveram até direito ao seu chapéu e avental e um chef exclusivo, que as ajudou a por a mão na massa. Estavam radiantes!
Quanto à parte séria, naquele dia discutia-se apenas um dos prémios. Porque o outro, dependeu apenas da votação do público ao longo das 5 semanas, para o qual já se sabia o resultado. A mim coube-me o 2.º lugar, não tendo ganho a tão ambicionada viagem a Paris, com o workshop de culinária. Naquele dia, "lutava-se" pela melhor receita para integrar o menu do seu restaurante "EL Bulo Social Club". Das 5, a que o chef Chakall mais gostasse, sairia vencedora. Este era o outro prémio.
Não foi de improviso, soubemos antecipadamente que teríamos que propor uma entrada ou uma sobremesa. Tínhamos que usar queijo "Président" (claro) e ter em conta o conceito do restaurante. Descontraído, simples e rápido.
Voltas e mais voltas, experiências e mais experiências... nada parecia resultar. Já em (quase) desespero... há última da hora (como quase todas as outras receitas que apresentei) fez-se luz, e lembrei-me dos famosíssimos camarões do Tio Quim. Pedida a devida autorização de direitos de autor :), idealizei esta iguaria, com algumas alterações, mas que (não lhe contem, ok?) ficou absolutamente DIVINAL!!! Senti que precisava de uma receita, tal como todas as minhas apresentações, que fosse a minha cara, que tivesse um toque de Alentejo... Entrou o pão, o azeite, os alhos e os coentros. Convenci-me. Fosse qual fosse o resultado, estava satisfeita com a minha proposta.
Mas, os cozinhados não acabaram por aqui. Alias, o começo do dia, foi mesmo com outro desafio. Sabíamos (e aí é que foi estudar) que iríamos reproduzir uma receita do chef Chakall, através apenas de uma foto. À chegada, recebemos um sms, com a foto. Confesso que fiquei radiante, era uma das que mais me tinha saltado à vista. Sabia-a de cor. Mil folhas de alheira, beringela e brie. Maravilha. Mãos à obra, e o resultado foi este! Ficou ou não parecido?? De sabor não sei se estava igual, pois nunca provei o original, mas que estava bom, estava. Certamente a repetir em casa.
Desafio 1 do dia: Check!!!


E eis que chega, a prova de verdade, a nossa receita... A bancada está pronta, os ingredientes alhinhados. Uma hora de tempo máximo, e bora lá!
A frigideira começa a fervilhar com o azeite, os alhos e a mostarda. O aroma começa a soltar-se a a curiosidade de quem está à volta aguça. Simples, muito simples. Entram os camarões, salteiam e segue-se um momento de loucura (sim porque para quem não é muito experiente nestas coisas com fogo, podia ter corrido mal...): o flamejar. Depois é só juntar o queijo e os coentros. Torrar ou fritar o pão, estrelar os mini-ovos (tão lindos :) ) e ... empratar. Já está!
O resultado? Diz quem provou, estar Maravilhoso. (Houve até quem me viesse dizer, meio em segredo, que na sua opinião seria a vencedora... (e não eram da minha claque! :) ) O Júri, ao que parece também gostou, e o Chef Chakall, ficou indeciso, tendo acabado por optar por outra receita, de uma grande cozinheira, a Marta Sousa. O prémio ficou muito bem entregue.
E pronto, chegou ao fim esta aventura. Foi muito bom, por tudo. Mesmo sem ganhar os prémio "grandes", sei que venci. Venci-me a mim, testei-me, aprendi muita coisa nova na cozinha e não só. Estas coisas dão-nos mais força, mais vontade de continuar, ajudam-nos em enfrentar medos, a ser mias desinibidas e só por isso não mudava nem uma virgula do que foi a minha prestação neste concurso. Estou feliz!
E agora, o corpo pede uma pausa nestas andanças (e nos queijos)... só não sei é se a cabeça vai deixar... já anda por aqui a magicar qualquer coisa!!!
Só me falta uma coisa. Agradecer! Obrigada. Muito Obrigada, a quem está desse lado, não fazem ideia do quanto são importantes nesta caminhada.
Grata! ❤
E agora a tão esperada receita!


"Shrimp & Cheese" Bruschetta de Camarão com Emmental e Ovo de Codorniz

Ingredientes (Serve 2)
8 camarões 20/30
3 dentes de alho
1 malagueta seca
1 c.chá mostarda
Whisky q.b.
Flor de sal q.b.
3 a 4 c.s. Azeite 
Coentros frescos
2 fatias de pão
4 ovos de codorniz 
Pimenta preta moída na hora
1 c.s manteiga

Preparação
1. Descascar o camarão, reservando 3 com cabeça. Reservar.
2. Descascar e ralar no ralador fino os dentes de alho (ou esmagar com esmagador)
3. Numa frigideira colocar o azeite, o alho, a mostarda e a malagueta, levar ao lume alto até fervilhar, sem queimar o alho.
4. Juntar o camarão, temperar com flor de sal e deixar cozinhar em lume alto.
5. Quando estiver cozinhado regar com whisky e flamejar.
6. Fora do lume, envolver os coentros picados e o queijo Emmental aos cubos pequenos ou ralado.
7. Torrar o pão, ou passar na frigideira com um fio de azeite.
8. Noutra frigideira aquecer a manteiga e estrelar os ovos de codorniz, deixando a gema mal passada, salpicando com pimenta preta.

Servir as fatias de pão com os camarões e o queijo, o molho, os ovos e mais algumas folhas de coentros.
Para empratar, uns tomatinhos cereja, folhas verdes e limão.

Bom apetite e bons "Postiscos"!

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Obrigada!