Pão do Vaticano

Em visita a outros blogues já tinha conhecido o famoso Pão do Vaticano, da Partilha ou da Amizade, como também lhe chamam, e que dizem só se poder fazer uma vez na vida, que trás sorte a toda a família e um desejo realizado. 
 
Adorei a ideia... Como já vos disse não sou católica, nem acredito muito nestas coisas de sorte e desejos realizados... Na verdade acredito que devemos correr atrás, lutar e trabalhar pelo que ambicionamos... mas também não vejo mal em seguir estas correntes, é divertido... E fomentar a partilha de receitas entre amigos é muito interessante.
 
Confesso que desconfiei do facto de usar uma massa base, ou isco como também lhe chamam, que já começou a ser feita sabe-se lá por quem e há quanto tempo!!
Foi muito curioso ver a evolução e fermentação da massa ao longo de uma semana, e sem frigorífico... A base é composta por farinha, leite e açúcar... Que obviamente azeda e fermenta.
Cumpri escrúpulosamente as regras e instruções, com a ajuda da minha princesa que achou o máximo todo o processo. Aliás era ela quem todos os dias lia a receita e me indicava o passo seguinte. Portanto também teve a sua parte educativa e de reforço de laços familiares.
 
Só no último passo, depois de dividir a massa em quatro partes, na que me cabia para finalmente fazer o meu bolo, fiz asneira (ou não!) ... não li bem a receita e juntei açúcar quando já não levava... O que resultou mais de bolo do que propriamente de pão.
Mais uma vez confesso que desconfiei da receita... Maçã, chocolate, nozes e canela, tudo no mesmo bolo...ainda por cima com uma massa tão ácida... Hummmm... Não acreditei muito!
O facto é que fui agradavelmente surpreendida com o resultado.
Saiu um bolo com uma textura fantástica, muitíssimo saboroso, e incrivelmente sem qualquer presença da acidez da massa base!

As outras três partes foram entregues a 3 amigas que iniciaram assim novos ciclos.
O processo começa a uma segunda-feira, e termina no sábado seguinte quando se faz o bolo e se volta a partilhar.

Além de só se poder fazer uma vez na vida, tem que se usar uma taça de vidro, e mexer com uma colher de pau, nunca com metal ou plástico!
 
Fantástico! Não sei se é milagre, se efetivamente trás sorte, ou desejo realizado... Sei que foi uma experiência muito gira, e que embora a regra diga que não se pode voltar a fazer... Vou repeti-lo concerteza, adaptando a receita a um bolo normal... Sem claro, voltar a entrar na corrente.
 
Se um dia tiverem quem vos passe a massa base, aceitem, sigam o processo, que além de giro tem um resultado final muito positivo!

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