Arroz Doce Especial {com Pêssego}

Arroz doce é daquelas sobremesas bem tradicionais, que não pode faltar em nenhuma mesa portuguesa.
A minha mãe sempre foi (e ainda é!) a mestra do arroz doce! Nem me atrevia a competir. Apesar dela não gostar de cozinhar, sempre foi uma excelente cozinheira...
Com o tempo, fui achando que tinha que ser capaz de fazer arroz doce, era só o que faltava!!!
Na minha cozinha também há uma bimby (já devem ter percebido!!!), mas confesso que não gosto da receita de lá. Pra mim, arroz doce tem que ser no tacho! O carinho e a paciência são ingredientes fundamentais....
Não tenho receita certa, faço sempre a olho. Tenho apenas alguns truques, que não são mais do que lhe ir juntando aquilo que o tacho me vai pedindo, talvez seja intuição, não sei... o aroma, a textura, o paladar vão sendo ditados ao longo da sua cozedura, quase como por magia...
É isto que adoro na cozinha, a magia que acontece ao juntarmos os ingredientes, mas ao mesmo tempo, sermos nós a gerir o processo. Depende de nós, do estado de espirito, da paixão, do querer perfeito, do imaginar do resultado final...
A fruta, neste caso o pêssego não é essencial, embora eu ache que faz toda a diferença. O contraste é fabuloso.
Neste caso usei em calda (da lata), mas na sua época (que já não tarda muito) ficará muito melhor com pêssego em calda, mas do caseiro...então aí, nem vos conto...fica pra lá de maravilhoso.
Desta vez, estive atenta às quantidades que fui juntando, para que vos possa explicar da melhor forma que me for possível.
Aventurem-se e sigam os vossos instintos, sairá perfeito!
Ingredientes:
  • 1 chávena (tipo meia de leite) de Arroz (Especial para arroz doce, ou carolino)
  • 2 chávenas de água
  • Pitada de sal
  • 1 ou 2 cascas de limão
  • 1 Pau de canela
  • 1 a 2 litros de leite (meio gordo) quente 
  • 1 a 2 chávenas de açúcar refinado
  • 1/2 Saqueta de preparado para leite creme ou 4 gemas de ovo 
  • 1 lata de pêssego pequena
  • Canela em pó
Método:
  1. Num tacho grande, levar o arroz com a água e uma pitada de sal, o pau de canela e a casca de limão, a cozer, em lume brando, mas com o tacho destapado.
  2. Num fervedor, levar 1 litro de leite ao lume para aquecer (sem ferver)
  3. Assim que o arroz secar (começam a aparecer furinhos, mas não estará ainda cozido) vai-se juntando aos poucos o leite, sempre que ferver e começar a ficar cremoso, juntar mais leite e assim até acabar e o arroz estar bem cozido. Nesta altura junta-se o açúcar. (deito uma chávena, e depois vou juntando mais ou menos até estar doce a meu gosto)
  4. Quando o arroz está bem cozido, desfaz-se o leite creme (ou as gemas) num pouco de leite e junta-se ao tacho. Deixa-se ferver ligeiramente e engrossar. Retifica-se o açúcar e o leite, e volta a ferver. Deve ficar bastante cremoso, pois até arrefecer o arroz continua a absorver o liquido.
  5. Na taça de servir, dispõe-se o pêssego aos cubinhos, que deve estar o mais seco possível da calda (limpo com papel absorvente antes de cortar). - opcional. Pode não levar o pêssego. 
  6. Deita-se por cima, com cuidado, o arroz.
  7. Deixa-se arrefecer um pouco. Polvilha-se com canela em pó.
Eu gosto de servir ainda morninho. É delicioso!

Nota: O tipo de arroz utilizado, vende-se em pacotes de 250g (normalmente está junto aos preparados para doces, tipo pudins). Este arroz tem um grão mais arredondado, logo tem mais goma, e por isso o arroz doce fica muito mais cremoso. É idêntico ao Arbóreo (do Risotto), que também é adequado.
Dentro dos "comuns" o Carolino é o mais apropriado. O agulha tem um grão pontiagudo, logo menos goma, e  por isso não é indicado para esta sobremesa, tal como também não o é para pratos caldosos ou "malandrinhos".

Bom apetite e Bons "Postiscos"!


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Obrigada!
 

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